No meio do caminho tinha uma pedra. Passos adiante, uma gravidez inesperada. Mais à frente, um jovem militar obsessivo, uma loira mimada, uma professora rancorosa... Para o casal de protagonistas de “Boogie Oogie”, uma coisa é certa, ao menos por enquanto: amor e humor não combinam. Depois de verem a festa de noivado ser arruinada por Carlota (Giulia Gam), Rafael (Marco Pigossi) e Sandra (Isis Valverde) ainda demorarão para sorrir como se não houvesse amanhã.
— Assim como a vida, momentos de dificuldades vêm e vão. Para nós, atores, essas situações são grandes oportunidades para nos desafiarmos e aprendermos mais, tanto no plano artístico quanto no plano pessoal — sentencia Marco Pigossi, que embarca numa reflexão filosófica ao dizer que encararia, firme e forte, novos pedregulhos na trama das seis: — Acredito que estamos sempre buscando nos aperfeiçoar mais. Shakespeare disse: “Estar pronto é tudo”. Eu gosto dessa frase, pois ela brinca com isso: nunca estaremos completamente prontos, mas sempre em movimento.
De movimento facial, no entanto, Isis Valverde já está cansada, ela admite, sem deixar de lado algumas boas risadas. Sob a pele da mocinha sofredora, a atriz já perdeu a conta de quantas vezes precisou se debulhar em lágrimas.
— Não esperava mais sofrimento! Pior que isso tudo só se a personagem morrer, né? Eu acho que está bom, está ótimo... — diz Isis, que torce por um momento de tranquilidade: — Ela passou por muitos altos e baixos, e eu sofria junto. Teve uma hora que precisei falar: “Olha, acabou a água do meu poço!”. Tive que me hidratar, porque não conseguia sofrer mais.
De namoro com o modelo mexicano Uriel Del Toro, Isis se inspirou em histórias de amor reais para compor a ficção. Após algumas pesquisas, encontrou mulheres que também perderam os noivos pouco antes de subirem ao altar.
— Vi como pode existir um bloqueio interno para se reinventar e mergulhar num novo amor, após uma grande dor. No caso da Sandra, por exemplo, Rafael teve que insistir para conquistá-la — lembra a atriz, fiel ao preceito de que nada é completamente certo quando o assunto é amor: — Não acredito em alma gêmea. Acredito, sim, nos encontros que a vida traz e em como você vê esses encontros. Ninguém está 100% perfeito a você, ninguém está encaixado ao seu eu!
Solteiro, Pigossi crê que o amor deve ser colocado em primeiro plano, antes de qualquer porém. E é enfático ao opinar sobre o assunto:
— Eu, Marco, acredito nisso, que esses encontros são raros na vida e que a gente deve lutar para que o amor prevaleça. Acho que todos já lutamos por um amor, em algum momento. Mas nunca tive que lutar contra alguém, e sim com dificuldades que a vida às vezes impõe. Um relacionamento é isso: um encontro de duas pessoas completamente diferentes que driblam obstáculos em prol do amor.
Fonte:Extra
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